A economia do dom e a visão de Marcel Mauss
Alternativas para uma outra economia
Por: IHU Online
Marcel Mauss (1872 - 1950) foi um sociólogo e antropólogo francês, nascido quatorze anos mais tarde e na mesma cidade que Émile Durkheim, de quem é sobrinho. É considerado como o "pai" da antropologia francesa.
No próximo evento Alternativas para uma outra economia, as teorias e idéias de Marcel estarão em discussão. A palestra A economia do dom e a visão de Marcel Mauss será ministrada pelo professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, Paulo Henrique Martins de Albuquerque. O evento acontece no dia 10-10-2006. O professor concedeu uma entrevista por e-mail à IHU On-Line.
No próximo evento Alternativas para uma outra economia, as teorias e idéias de Marcel estarão em discussão. A palestra A economia do dom e a visão de Marcel Mauss será ministrada pelo professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, Paulo Henrique Martins de Albuquerque. O evento acontece no dia 10-10-2006. O professor concedeu uma entrevista por e-mail à IHU On-Line.
O dom de Marcel Mauss
Paulo Henrique Martins realizou seu Doutorado de Sociologia na Universidade de Paris I, Sorbonne entre 1988 e 1992. Esteve como pesquisador visitante na London School of Economics and Politics Science (LSCI), em 1995 e realizou atividades de pós-doutoramento na Universidade de Paris X, Nanterre, entre 2000 e 2001. Nos últimos anos, tem se dedicado a repensar as políticas públicas no contexto da mundialização, da crise do Estado e da emergência de uma sociedade civil complexa, da família como fato associativo. Tem, igualmente, contribuído para a consolidação dos estudos de Sociologia da Saúde no Brasil e para a reforma do Estado e das políticas públicas mediante a produção de reflexos, participação em palestras e oferta de cursos sobre o tema. Algumas publicações recentes atestam os interesses de pesquisa. Escreveu os livros: A dádiva entre os modernos : discussão sobre os fundamentos e as regras do social (organizador). Petrópolis: Vozes, 2002; Revista Sociedade e Estado : Dádiva e solidariedades urbanas (organizadores : Martins e Ferreira), Departamento de Sociologia da UNB, Brasília, 2002; Contra a desumanização da medicina : crítica sociológica das práticas médicas modernas. Petrópoils : Vozes, 2003; Economia popular e solidaria, questões teóricas e práticas (Organizadores : Martins e Medeiros). Recife : Bargaço, 2003; A nova ordem social : perspectivas da solidariedade contemporânea (organizadores : Martins e Ferreira). Brasília : Paralelo 15 , 2004; Redes sociais e saúde : novas possibilidades teóricas (organizadores : Martins e Fontes). Recife : Editora da UFPE, 2004 ; Abordagem ecosistêmica em saúde (organizadores : Giraldo, Carneiro e Martins), Recife, Editora da UFPE, 2005; Redes, práticas associativas e gestão pública (organizadores: Martins e Fontes). Recife: Editora da UFPE, 2006; Polifonia do dom (organizadores: Martins e Campos). Recife: Editora da UFPE, 2006;
Paulo Henrique Martins realizou seu Doutorado de Sociologia na Universidade de Paris I, Sorbonne entre 1988 e 1992. Esteve como pesquisador visitante na London School of Economics and Politics Science (LSCI), em 1995 e realizou atividades de pós-doutoramento na Universidade de Paris X, Nanterre, entre 2000 e 2001. Nos últimos anos, tem se dedicado a repensar as políticas públicas no contexto da mundialização, da crise do Estado e da emergência de uma sociedade civil complexa, da família como fato associativo. Tem, igualmente, contribuído para a consolidação dos estudos de Sociologia da Saúde no Brasil e para a reforma do Estado e das políticas públicas mediante a produção de reflexos, participação em palestras e oferta de cursos sobre o tema. Algumas publicações recentes atestam os interesses de pesquisa. Escreveu os livros: A dádiva entre os modernos : discussão sobre os fundamentos e as regras do social (organizador). Petrópolis: Vozes, 2002; Revista Sociedade e Estado : Dádiva e solidariedades urbanas (organizadores : Martins e Ferreira), Departamento de Sociologia da UNB, Brasília, 2002; Contra a desumanização da medicina : crítica sociológica das práticas médicas modernas. Petrópoils : Vozes, 2003; Economia popular e solidaria, questões teóricas e práticas (Organizadores : Martins e Medeiros). Recife : Bargaço, 2003; A nova ordem social : perspectivas da solidariedade contemporânea (organizadores : Martins e Ferreira). Brasília : Paralelo 15 , 2004; Redes sociais e saúde : novas possibilidades teóricas (organizadores : Martins e Fontes). Recife : Editora da UFPE, 2004 ; Abordagem ecosistêmica em saúde (organizadores : Giraldo, Carneiro e Martins), Recife, Editora da UFPE, 2005; Redes, práticas associativas e gestão pública (organizadores: Martins e Fontes). Recife: Editora da UFPE, 2006; Polifonia do dom (organizadores: Martins e Campos). Recife: Editora da UFPE, 2006;
IHU On-Line - O que é a economia do dom? Quais os valores básicos no qual essa economia se assenta?
Paulo Henrique Martins – Para falar da economia do dom temos que diferenciar duas questões: o que disse Mauss sobre a matéria e o que dizem hoje aqueles autores que se filiam direta ou indiretamente à herança maussiana, entre os quais podemos relacionar, em primeira mão, Alain Caillé, diretor geral da Revue du MAUSS e Jean-Louis Laville, que coordena várias ações de economia solidária. Limitando-nos a Mauss, temos que, primeiramente, entender que as reflexões dele sobre o tema - conforme esclarece David Graeber num artigo intitulado O comunismo de Marcel Mauss, que faz parte de uma coletânea que estamos lançando e intitulada Polifonia do dom (Editora da UFPE, Recife, 2006) -, estão conectadas com a sua constatação sobre a impossibilidade do bolchevismo na Rússia (país que ele visitou) de eliminar o mercado. Diante dessa constatação, Mauss buscou reinterpretar e ressituar o mercado como técnica de decisões e não como um avatar (imagem repassada maliciosamente pelos economistas neoliberais), apoiando-se nesta desconstrução teórica em estudos etnográficos relativos às funções diferenciadas do mercado nas sociedades tradicionais e numa crítica socioantropológica consistente sobre seu caráter e uso na contemporaneidade. Isso ele o fez no seu célebre Ensaio sobre a dádiva de 1924. A partir daí, Mauss busca relocalizar o mercado dentro de um sistema mais amplo de trocas que se definem tradicionalmente por elementos morais, religiosos, culturais e políticos. Além do mais, Mauss procurou desnaturalizar a idéia de uma "economia de mercado" baseada nas preferências e utilidades dos indivíduos como sendo a condição primeira da vida social. Demonstra Mauss que a naturalização da economia de mercado se funda numa ideologia utilitarista que elege o homo economicus como a condição natural do ser humano. Mauss desenvolve, então, a teoria da dádiva para mostrar que, se o egoísmo existe (o caráter do homo economicus), constitui apenas uma forma de expressão de um sistema de motivações mais amplo que envolve o interesse por si e também o interesse pelo outro, o interesse livre mas também a ação por obrigação (mesmo que o ator haja sem interesse). Enfim, Mauss propõe que o sistema da dádiva é a forma arcaica sobre a qual se apoiou o desenvolvimento dos mecanismos de escambo, as trocas e os contratos ontem e hoje.
Paulo Henrique Martins – Para falar da economia do dom temos que diferenciar duas questões: o que disse Mauss sobre a matéria e o que dizem hoje aqueles autores que se filiam direta ou indiretamente à herança maussiana, entre os quais podemos relacionar, em primeira mão, Alain Caillé, diretor geral da Revue du MAUSS e Jean-Louis Laville, que coordena várias ações de economia solidária. Limitando-nos a Mauss, temos que, primeiramente, entender que as reflexões dele sobre o tema - conforme esclarece David Graeber num artigo intitulado O comunismo de Marcel Mauss, que faz parte de uma coletânea que estamos lançando e intitulada Polifonia do dom (Editora da UFPE, Recife, 2006) -, estão conectadas com a sua constatação sobre a impossibilidade do bolchevismo na Rússia (país que ele visitou) de eliminar o mercado. Diante dessa constatação, Mauss buscou reinterpretar e ressituar o mercado como técnica de decisões e não como um avatar (imagem repassada maliciosamente pelos economistas neoliberais), apoiando-se nesta desconstrução teórica em estudos etnográficos relativos às funções diferenciadas do mercado nas sociedades tradicionais e numa crítica socioantropológica consistente sobre seu caráter e uso na contemporaneidade. Isso ele o fez no seu célebre Ensaio sobre a dádiva de 1924. A partir daí, Mauss busca relocalizar o mercado dentro de um sistema mais amplo de trocas que se definem tradicionalmente por elementos morais, religiosos, culturais e políticos. Além do mais, Mauss procurou desnaturalizar a idéia de uma "economia de mercado" baseada nas preferências e utilidades dos indivíduos como sendo a condição primeira da vida social. Demonstra Mauss que a naturalização da economia de mercado se funda numa ideologia utilitarista que elege o homo economicus como a condição natural do ser humano. Mauss desenvolve, então, a teoria da dádiva para mostrar que, se o egoísmo existe (o caráter do homo economicus), constitui apenas uma forma de expressão de um sistema de motivações mais amplo que envolve o interesse por si e também o interesse pelo outro, o interesse livre mas também a ação por obrigação (mesmo que o ator haja sem interesse). Enfim, Mauss propõe que o sistema da dádiva é a forma arcaica sobre a qual se apoiou o desenvolvimento dos mecanismos de escambo, as trocas e os contratos ontem e hoje.
IHU On-Line - É possível essa economia, efetivamente, tornar-se uma alternativa no mundo de hoje?
Paulo Henrique Martins – Resgatar uma economia do dom é restaurar o valor da pessoa e a qualidade da relação entre indivíduos e grupos. O dom é um manifesto contra a banalização do ser humano que vem sendo feita pelo projeto neoliberal e a favor da dignidade do ser humano. Apenas pelo resgate da força simbólica contida nas práticas sociais e pela consciência do risco que significa se relacionar com outro ou outros (pela doação, pela recepção e pela retribuição) podemos realçar a atualidade de temas como confiança, reconhecimento, auto-estima, caráter e solidariedade. A emergência de um paradigma da dádiva, sobre a qual se assenta a economia do dom, deve ser vista como expressão de uma reação que se faz lentamente a favor de uma reumanização que recoloque a inovação tecnológica, a riqueza e o poder a serviço de um ser humano compreendido na sua totalidade biossocial e política.
Paulo Henrique Martins – Resgatar uma economia do dom é restaurar o valor da pessoa e a qualidade da relação entre indivíduos e grupos. O dom é um manifesto contra a banalização do ser humano que vem sendo feita pelo projeto neoliberal e a favor da dignidade do ser humano. Apenas pelo resgate da força simbólica contida nas práticas sociais e pela consciência do risco que significa se relacionar com outro ou outros (pela doação, pela recepção e pela retribuição) podemos realçar a atualidade de temas como confiança, reconhecimento, auto-estima, caráter e solidariedade. A emergência de um paradigma da dádiva, sobre a qual se assenta a economia do dom, deve ser vista como expressão de uma reação que se faz lentamente a favor de uma reumanização que recoloque a inovação tecnológica, a riqueza e o poder a serviço de um ser humano compreendido na sua totalidade biossocial e política.
IHU On-Line - Qual é a visão do sociólogo Marcel Mauss?
Paulo Henrique Martins – Mauss foi um intelectual ligado ao movimento associacionista do início do século XX, assim como Émile Durkheim, seu tio. Foi admirador e colaborador de Jean Jaurés, líder da SFIO (Seção Francesa da Internacional dos Trabalhadores), tendo escrito e colaborado para os periódicos da esquerda, na época. Além do mais, no plano acadêmico, suas idéias influenciaram enormemente autores como Lévi-Strauss (fundador da antropologia estrutural), George Bataille, Claude Lefort, e mais recentemente Maurice Godelier, Alain Caillé, Jacques Godbout entre outros ilustres intelectuais que vêm trabalhando sobre o dom em diversos domínios.
Paulo Henrique Martins – Mauss foi um intelectual ligado ao movimento associacionista do início do século XX, assim como Émile Durkheim, seu tio. Foi admirador e colaborador de Jean Jaurés, líder da SFIO (Seção Francesa da Internacional dos Trabalhadores), tendo escrito e colaborado para os periódicos da esquerda, na época. Além do mais, no plano acadêmico, suas idéias influenciaram enormemente autores como Lévi-Strauss (fundador da antropologia estrutural), George Bataille, Claude Lefort, e mais recentemente Maurice Godelier, Alain Caillé, Jacques Godbout entre outros ilustres intelectuais que vêm trabalhando sobre o dom em diversos domínios.
IHU On-Line - Como entende a condução da economia pelo governo Lula? Houve uma abertura para uma outra alternativa de economia?
Paulo Henrique Martins – O Brasil ainda está vivendo uma fase de transição entre três imaginários de modernização: um primeiro imaginário centrado na ação do Estado como agente central da modernização - o desenvolvimentismo -, que foi hegemônico entre os anos cinqüenta e oitenta. Trata-se de uma tendência conservadora, originariamente fundada na transição do rural para o urbano, assentada na grande propriedade e que, recentemente, foi colonizada pela lógica especulativa do capitalismo financeiro. Desse modo, os desenvolvimentistas nutrem um discurso ambivalente entre a bandeira de uma economia nacional (centrada na força do poder central) e a simpatia às políticas especulativas (que favorecem o enriquecimento fácil) desde que não signifiquem enfraquecimento do poder estatal. Uma segunda tendência, abertamente aliada do projeto neoliberal, se situa contra o centralismo do Estado, propondo a minimização das funções do Estado para favorecer o neoliberalismo e o atrelamento do Brasil aos Estados Unidos (tendência presente em vários setores do PFL e do PSDB). Uma terceira tendência, ainda minoritária, que procura um novo paradigma, baseado na solidariedade e no dom, que supere as duas tendências anteriores é favorável à descentralização, à municipalização com consciência dos cidadãos locais, às práticas associativas e comunitárias locais, enfim, à criação de mecanismos descentralizados em forma de redes horizontais que favoreçam a democracia participativa, a democracia da vizinhança e uma nova esfera pública mais transparente. A economia do dom que se manifestar em movimentos de economias plurais, é fundamental para se recriar a economia a partir de um novo valor, o da relação, que deve se impor sobre os valores do uso para consumo ou de troca para acumulação. No governo Lula, o programa que vem apresentando características mais próximas ao ideal de uma economia do dom é o bolsa-família, que procura escapar de uma lógica meramente assistencialista de doação de dinheiro (reforçando a dependência e o clientelismo) para introduzir uma lógica de reciprocidade, pela qual as pessoas beneficiadas pelo programa se vejam como co-responsáveis pela produção da cidadania no plano local. Mas, certamente, esta idéia tem que ser mais bem discutida à luz do paradigma do dom.
Paulo Henrique Martins – O Brasil ainda está vivendo uma fase de transição entre três imaginários de modernização: um primeiro imaginário centrado na ação do Estado como agente central da modernização - o desenvolvimentismo -, que foi hegemônico entre os anos cinqüenta e oitenta. Trata-se de uma tendência conservadora, originariamente fundada na transição do rural para o urbano, assentada na grande propriedade e que, recentemente, foi colonizada pela lógica especulativa do capitalismo financeiro. Desse modo, os desenvolvimentistas nutrem um discurso ambivalente entre a bandeira de uma economia nacional (centrada na força do poder central) e a simpatia às políticas especulativas (que favorecem o enriquecimento fácil) desde que não signifiquem enfraquecimento do poder estatal. Uma segunda tendência, abertamente aliada do projeto neoliberal, se situa contra o centralismo do Estado, propondo a minimização das funções do Estado para favorecer o neoliberalismo e o atrelamento do Brasil aos Estados Unidos (tendência presente em vários setores do PFL e do PSDB). Uma terceira tendência, ainda minoritária, que procura um novo paradigma, baseado na solidariedade e no dom, que supere as duas tendências anteriores é favorável à descentralização, à municipalização com consciência dos cidadãos locais, às práticas associativas e comunitárias locais, enfim, à criação de mecanismos descentralizados em forma de redes horizontais que favoreçam a democracia participativa, a democracia da vizinhança e uma nova esfera pública mais transparente. A economia do dom que se manifestar em movimentos de economias plurais, é fundamental para se recriar a economia a partir de um novo valor, o da relação, que deve se impor sobre os valores do uso para consumo ou de troca para acumulação. No governo Lula, o programa que vem apresentando características mais próximas ao ideal de uma economia do dom é o bolsa-família, que procura escapar de uma lógica meramente assistencialista de doação de dinheiro (reforçando a dependência e o clientelismo) para introduzir uma lógica de reciprocidade, pela qual as pessoas beneficiadas pelo programa se vejam como co-responsáveis pela produção da cidadania no plano local. Mas, certamente, esta idéia tem que ser mais bem discutida à luz do paradigma do dom.
IHU On-Line - O que o senhor espera do próximo Presidente da República com relação à economia brasileira? Quais os maiores desafios?
Paulo Henrique Martins – O novo presidente tem como primeiro desafio resgatar a dignidade dos humilhados e excluídos. Não se pode assegurar a universalidade da democracia numa sociedade fundada em fortes desigualdades. Em segundo lugar, o novo presidente tem que colocar limite na ambição desenfreada dos mais ricos de ganharem cada vez mais sem preocupações com a pobreza. O que justifica que os bancos tenham percentuais de lucros exorbitantes, que introduzam sempre novas taxações sobre os usuários sem a mínima consideração pelo sofrimento que isso provoca em pessoas que vivem com recursos em geral tão limitados? Por que não existe uma legislação que ponha limite sobre o ganho especulativo desenfreado que constitui uma ameaça à ordem econômica nacional ampliando a desigual distribuição de renda? Certamente, no que toca aos bancos, não me parece que nem Lula nem Alckmin desejem enfrentar a situação. Mas, não há dúvidas de que, no que diz respeito a enfrentar a pobreza, o governo Lula avançou muito com relação aos governos anteriores, em particular o de Fernando Henrique.
Paulo Henrique Martins – O novo presidente tem como primeiro desafio resgatar a dignidade dos humilhados e excluídos. Não se pode assegurar a universalidade da democracia numa sociedade fundada em fortes desigualdades. Em segundo lugar, o novo presidente tem que colocar limite na ambição desenfreada dos mais ricos de ganharem cada vez mais sem preocupações com a pobreza. O que justifica que os bancos tenham percentuais de lucros exorbitantes, que introduzam sempre novas taxações sobre os usuários sem a mínima consideração pelo sofrimento que isso provoca em pessoas que vivem com recursos em geral tão limitados? Por que não existe uma legislação que ponha limite sobre o ganho especulativo desenfreado que constitui uma ameaça à ordem econômica nacional ampliando a desigual distribuição de renda? Certamente, no que toca aos bancos, não me parece que nem Lula nem Alckmin desejem enfrentar a situação. Mas, não há dúvidas de que, no que diz respeito a enfrentar a pobreza, o governo Lula avançou muito com relação aos governos anteriores, em particular o de Fernando Henrique.
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