sábado, 27 de novembro de 2010

CULTURA GEA - Um manifesto por Marko Pogacnik da Eslovênia

CULTURA GEAUm manifesto por Marko Pogacnik da EslovêniaArtista da Terra, Professor Espiritual e Autor de "Espíritos da Natureza e Seres Elementais"".
www.markopogacnik.com
marko
A Humanidade está casada com Gea, a alma da Terra. Em certo sentido, nós compartilhamos da mesma cama com ela. E, entretanto, nós não cultivamos o nosso amor por ela e com ela. Poderia não ser esta a razão por trás da razão, explicando por que estamos experienciando múltiplas catástrofes, ocultas sob o cenário das Mudanças na Terra?
O conhecimento geomântico que poderia nos ajudar a compreender quão intimamente o corpo do ser humano está relacionado com o corpo da Terra, está quase perdido em nossa cultura. Entretanto, pouco a pouco, estamos reconquistando a experiência dos sistemas vitais da energia que permeiam não somente o corpo humano, mas também o organismo das paisagens da Terra. Ainda mais, estamos nos conscientizando de que a inteligência da natureza é uma e a mesma inteligência que capacita os seres humanos a pensar, a expressar a emoção e a criar interiormente as condições do mundo materializado.
Ainda mais importante é o destino comum que compartilhamos com Gea, dada a realidade de que as nossas evoluções respectivas têm estado entrelaçadas. Como podemos esperar que Gea não mudasse, dada a liberdade que os seres humanos têm como co-criadores no planeta? Não se esperaria que os humanos permanecessem os mesmos seres espirituais após receberem o presente de encarnar na Terra e se experienciarem como seres vivos ancorados na matéria.
É óbvio que o profundo relacionamento e conexão que existem entre Gea e os seres humanos mantêm uma dimensão fatídica que não pode ser "controlada" somente por medidas formais baseadas em conceitos racionais, por exemplo, abordagens atuais ecológicas e econômicas que tratam do aquecimento global. Nós precisamos criar todo um espectro de ferramentas e abordagens, incluindo o desenvolvimento de todos os aspectos de nossa consciência, de modo que possamos renovar o relacionamento entre a humanidade e Gea e nos relacionarmos com a essência da alma da Terra.
Nas últimas décadas estivemos testemunhando as seguintes etapas feitas a nível global em direção a uma cultura sintonizada com a essência da Terra:
1 ) Uma nova consciência e movimento ecológicos representam o primeiro passo básico, sinalizando a vontade da humanidade de mudar a sua atitude em relação ao planeta Terra.
2 ) O próximo passo envolve diversos esforços para criar uma consciência de natureza multidimensional da Terra e sua criação, incluindo seres humanos como parte do cosmos de Gea. Sem estes esforços a arte e a ciência experimental da geomancia estão se desenvolvendo como uma forma de ecologia holística. O objetivo da geomancia é proporcionar a nossa cultura moderna, métodos de compreensão do fluxo das forças da vida, e métodos de perceber as dimensões menos conhecidas da existência.
3 ) A atual crise ecológica e econômica que confronta a nossa civilização exige um terceiro passo, para avançar mais ainda nesta jornada e criar um tipo de cultura associada no planeta. Nós precisamos redescobrir e cultivar as dimensões baseadas no amor que se conectam com os seres humanos e com Gea - e manifestá-las na vida diária. Nós precisamos criar um novo tipo de cultura na Terra que capacitará o desenvolvimento adicional da raça humana, assim como o da Terra, incluindo todos os seus seres e dimensões. Vamos chamar esta cultura futura já evoluída de Cultura de Gea.
Para que sejamos capazes de desenvolver esta Cultura de Gea, precisamos transformar primeiro os nossos conceitos dogmáticos e baseados racionalmente sobre quem é a Terra e quem somos enquanto seres humanos - e mudarmos as nossas normas culturais de acordo com:
1 ) Durante os últimos dois séculos, a humanidade esteve (dolorosa e lentamente) aprendendo a como superar a segregação racial. Mas, tomem cuidado! Não é possível viver em paz com a Terra, contanto que nos relacionemos e tratemos outros seres da Terra como inferiores. Plantas, animais e minerais, incluindo a sua consciência elemental, não estão destinados a ser nossos escravos. Eles representam facetas diferentes da vida, através da qual a nossa parceira, a Terra, está tentando colaborar conosco. Eles representam as faces de Gea, através das quais ela quer se comunicar com a nossa cultura global. Ao invés de instituições democráticas que funcionem somente entre humanos, precisamos criar novas atitudes e estabelecer regras que incluam uma família ampliada e proporcione a cada membro da geocultura emergente, um espaço respeitoso e protegido dentro da comunidade global.
2 ) Não é possível desenvolver uma parceria nova e satisfatória entre a cultura humana e a Terra se nós, seres humanos, não nos esforçarmos em nos tornarmos quem verdadeiramente somos no relacionamento com a nossa essência. O caminho em direção ao auto-conhecimento é o primeiro passo. Aprender a manter permanentemente a paz interior, o centro e a ancoragem, é o segundo objetivo. Nós não hesitaríamos em assumir um terceiro esforço - desenvolver uma prática pessoal baseada eticamente para nos orientar no encontro de desafios diários de nosso mundo global em transição.
3 ) A divisão entre o céu e a Terra, entre o reino do espírito e o reino da vida material, está se tornando insuportável. Há muito que a Terra deixou de ser uma criança imatura do mundo espiritual. A Terra, Gea, deveria ser aceita como um cosmos autônomo, completa em si mesma, incluindo as suas próprias dimensões espirituais. Ao próximo nível de existência, o cosmos da Terra representa então uma unidade holográfica do universo maior.
4 ) Não é possível desenvolver uma parceria nova e satisfatória entre a cultura humana e a Terra, se não há vontade em transformar as concepções religiosas tradicionais que negam a essência divina da Terra e da criação de Gea. O ser humano amadureceu ao ser capaz de uma decisão responsável e livre sobre como se conectar com a essência divina do universo, assim como de se reconectar com ela ou com a sua própria essência. Nós precisamos também nos comprometermos com o segundo passo e encontrar meios de nos relacionarmos com a sacralidade da Terra e com todos os seres de Gea, tanto espiritualmente quanto praticamente. A vontade de se comunicar, de abrir o coração e a mente, e de compartilhar a presença com outros seres, é a base desta jornada sagrada.
5 ) É inevitável que devemos nos engajar criativamente, transformando os nossos sistemas existentes de educação. A sensibilidade natural da criança no relacionamento com todas as dimensões e níveis diferentes da existência, deveria ser protegida e cuidada. A evolução das capacidades racionais pode ter um status secundário. Os seres humanos cuja sensibilidade em relação as diferentes facetas da vida tem sido encorajada e desenvolvida, tornar-se-ão parceiros amorosos da Terra e habitantes co-criativos do cosmos da Terra. Uma clareza evoluída e fortalecida da consciência é parte desta sensibilidade.
6 ) A Terra é um planeta amado de extraordinária fertilidade e abundância vital. Se uma grande parte da humanidade está morrendo de fome, os recursos da Terra não estão sendo administrados apropriadamente. Para mudar esta trágica situação não podemos simplesmente modificar os princípios nos quais a nossa economia global funciona. Como seres humanos, como uma cultura global, precisamos reunir a coragem e a sabedoria para nos abrirmos aos diferentes níveis da Terra multidimensional. Estas dimensões representam as reservas inexauríveis da força da vida acumuladas por Gea. Para fazer isto, naturalmente, devemos superar os bloqueios e preconceitos baseados racionalmente, em relação as assim chamadas dimensões sutis da realidade. Vamos apoiar os esforços em estabelecer um novo paradigma científico que honre a pluridimensionalidade da natureza, da Terra e dos seres humanos.
7 ) A Terra é um planeta consciente com o seu próprio destino e a sua própria tarefa dentro do universo. Gea, a alma da Terra, não é capaz de sustentar e de preservar a vida na superfície da Terra se os seus focos de força da vida e da consciência elemental, ocorrendo em muitas paisagens e locais através do planeta, não forem livres para respirar e operar de acordo com o seu projeto. ( A ignorância da nossa civilização destes aspectos da vida de Gea tem prejudicado e impedido o funcionamento apropriado de muitos destes lugares.) A arte e a ciência da geomancia está sendo desenvolvida de modo que a cultura humana possa adquirir insights na importância crucial do organismo de energia vital, a consciência elemental da Terra e as suas sagradas dimensões com a vida do planeta. Mas todo este conhecimento recentemente descoberto é de pouco uso se não colocado em prática - o que significa primeiramente:
- Desenvolver, perceber e reconhecer a consciência e a essência anímica da natureza, da Terra e dos seus seres.
- Proteger estes lugares na Terra que são de importância decisiva para a vida do planeta e para celebrar a sua sacralidade.
- Apoiar as etapas que Gea, a essência da Terra, está empreendendo para criar um novo espaço da realidade, e ao assim fazer, evitar o colapso destrutivo dos sistemas da vida no planeta.
15 de Fevereiro de 2009, Marko Pogacnik
Editado por Leslie Luchonok

Tradução: Regina Drumond - reginamadrumond@yahoo.com.br

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